Olá,

preciso de desabafar. Contar-te sobre o meu dia. Sabes, cada vez mais acho que não pertenço nadinha aqui. O caminho até cá custa-me, cada passada que me afasta mais e mais do meu cantinho é dolorosa. Mas também... estar lá sem ti, não é a mesma coisa.
Sinto a tua falta. Não sou a mesma assim, sem ti. Ou sem parte de mim, é igual.

É estranho, mas vivo como se continuasses a ver-me, a ouvir-me e a sentir-me. Quer dizer, vivo a acreditar nisso, vivo ao faz de conta. Vivo como se pudesse dizer-te a dor que sinto aqui dentro, como se pudesse mostrar-te o meu sorriso mais inocente, como se pudesse queixar-me de tudo e mais alguma coisa, que é o que mais sei fazer=). Mas tu sabes ouvir e não ligar, e dizer que tudo vai ficar bem! Vivo como se estas lágrimas te caíssem no colo e como se a tua mão, tão delicada, mesmo às escuras, me percorresse a cara, na tentativa de descobrir o meu choro calado.

Vivo como se, ao fim do dia, pudesse pousar-me no teu peito e desocupar a cabeça de tudo e todos. Olho para o lado, a cama está vazia. Não faz mal. Volto a fechar os olhos e imagino. Imagino e adormeço.

Não abdico da tua imagem, dos contornos do teu corpo tão claros, ainda, na minha cabeça. Sei-te de cor. Se me concentrar até sinto o teu toque. Tão bom. Sim, estou sozinha. Eu sei, mas faz de conta que não.

Amo-te

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É como se o copo tivesse vindo a encher devagarinho.

Tão devagarinho que nem parecia estar a encher-se. Só quando a última gota, aquela que até é tão pequenina e quase insignificante, faz transbordar tudo o que silenciosamente se foi amontoando, damos conta da exaustão do corpo e da alma.
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